MENORES VISCOSIDADES DE FLUIDO DA TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA

Fluido de câmbio automático é tudo igual? Essa é uma boa pergunta e que tem também uma resposta simples: não. Aparentemente o óleo da transmissão automática parece algo simples. E realmente não é complexo. Mas assim como o lubrificante do motor exige cuidados e também o uso da indicação correta para cada finalidade.

Já falamos aqui no blog sobre os tipos de transmissão automática e suas variações ao longo dos anos. E foram vários anos e décadas de desenvolvimento. Desde os primeiros testes no começo do séculos XX até algo propriamente automático, por assim dizer, na década de 1920, houve muito estudo e também o clássico experimento de tentativas e erros.

Como sabemos existem alguns tipos de câmbio automático que foram desenvolvidos ao longo de todo esse tempo. O automático convencional com conversor de torque, por exemplo, é um deles. Ele tem determinadas engrenagens e sistemas que funcionam de uma maneira pré-ordenada. Essa é a transmissão mais comum e que foi criada, em sua concepção original, por dois engenheiros brasileiros que moravam nos Estados Unidos.

Um outro tipo de transmissão que se popularizou e cresce cada vez mais entre as marcas, inclusive no mercado brasileiro, é o câmbio continuamente variável (CVT). Nesse caso nós temos polias que fazem o trabalho de “abrir e fechar” durante seu funcionamento, escolhendo as “marcha” de acordo com a aceleração e necessidades dinâmicas.

Nesse sentido vale também falar sobre o terceiro tipo de transmissão automática que ganhou muitos adeptos, especialmente por seu funcionamento bastante rápido. Os câmbios de dupla embreagem foram criados primeiramente para os veículos de alta performance, já que sempre existe uma marcha pré-engatada, o que diminui o tempo do processo. E com passar do tempo também chegaram a modelos mais acessíveis.

E quais os tipos de fluido para essas transmissões? O DEXRON-VI É um deles. Nesse caso nós temos uma base sintética e uma utilização que atende a General Motors e alguns tipos de transmissão. Esse tipo de produto tem uma boa resistência ao funcionamento mais drástico, como muitas horas no trânsito. Algo comum nas cidades grandes e médias.

Na esteira deles temos o Multi-ATF. Esse produto também usa a base 100% sintética e muitas vezes é indicado para transmissões automáticas com conversor de torque. A indicação do seu uso também ocorre para modelos mais antigos.

Falamos do câmbio CVT e uma indicação de fluido também leva o mesmo nome. Como sabemos – e foi explicado acima – esse tipo de transmissão continuamente variável tem um funcionamento próprio e também um lubrificante que atende às suas especificações.

Ainda sobre os continuamente variáveis nós temos o tipo CVTF, uma variação que equipa alguns modelos e pede o lubrificante próprio. Por fim o tipo DCTF que é o mais indicado para as caixas de câmbio de dupla embreagem, incluindo as automatizadas.

Mas é sobre a viscosidade? Assim como lubrificante do motor também temos diferentes viscosidade e, praticamente, a mesma explicação. Vamos pegar por exemplo a opção 75W90. O primeiro conjunto de números e letras significa a viscosidade durante o funcionamento da caixa ainda fria, enquanto o segundo número se refere ao comportamento a viscosidade com a transmissão em temperatura normal de funcionamento.

É essencial lembrar também que uma de suas funções mais importantes se refere à redução de  dióxido de carbono (CO2). Atualmente as normas do Proconve L7 exigem um nível de emissão de poluentes mais baixo.

De maneira geral viscosidades menores se refletem em trocas mais suaves e sem trancos. Porém dependendo da utilização e da proposta da caixa isso muda. Por essa razão é imprescindível seguir a orientação correta do manual ou do seu mecânico de confiança para que tanto o câmbio seja protegido quanto o conforto dos ocupantes do veículo durante seu uso normal.